sábado, 12 de novembro de 2011

Sobre uma degustação às cegas de vinhos

Postado por Alexandre Panosso e Tatiana Panosso

Você sabe o que é uma prova cega de vinhos? Trata-se de provar vinhos sem saber que vinho é. Ocorre assim:
1. Tapam-se as garrafas para que ninguém veja os rótulos ou;
2. Tapam-se os olhos de quem irá degustar os vinhos.
3. Servem-se os vinhos.
4. Após a degustação individual, a pessoa tem que dizer (ou tentar adivinhar) o tipo da uva, se é envelhecido ou não, seu cheiro (frutas vermelhas, por exemplo), seu sabor mais destacado (notas minerais ou abacaxi, por exemplo) e outras características específicas dos vinhos.
De olhos tapados para a prova.
Isso ocorreu no dia 11-11-11, no restaurante Ramiros, em Valladolid. 
Ismael Pérez Blando, da ONCE e Jesús Ramiro, do Ramiros.
Foi uma promoção de Jesús Ramiro, o chef; o delegado territorial da ONCE (http://www.once.es/new), Ismael Pérez Blanco; e de onze produtores de vinhos de Castilla y León: Bodegas Arzuaga, Pico Cuadro, San Román, Valderramiro, Ganuza, Pérez Pascuas, Pesquera, Libranza, Decima Tabla Vizar e, Matarromera.
Expectativa...
Tratou-se de uma promoção social e beneficente, para divulgar ainda mais o trabalho da ONCE. Nós, mais uma vez, fomos convidados por nossos amigos valisoletanos do restaurante Ramiros.
Alguns dos produtores dos vinhos mais destacados da Ribera del Duero e outros participantes.
Estavam presentes jornalistas, produtores de vinhos donos das vinícolas, enólogos, diretor de escola de cozinha... mais ou menos 30 pessoas.
Aqui somente os produtores de vinhos com Jesús Ramiro (terceiro da esquerda para direita, de branco).
A cada 3 taças servidas de vinhos diferentes, tínhamos que provar e fazer os comentários em público sobre o que percebíamos de cada vinho e também fazíamos comparações.
"Quanto carinho em suas lágrimas;
corre, corre como seiva que alimenta;
corre como rio caudaloso;
inunda-me de vermelho".
Num certo momento, também tivemos os olhos tampados e nos foram servidos 3 vinhos diferentes, na mesma temperatura. Um deles era rosado, os outros tintos. Essa foi fácil de adivinhar qual era o "intruso".

Tatiana esperando, sem saber o que ia provar.
Cada produtor estava muito cuidadoso ao avaliar cada vinho que provava; pois nem todos conseguiram identificar o vinho que produziram e que trouxeram para o evento.
Ao final, alegria!
Após duas horas e meia de conversas, comida e degustações, algumas coisas ficaram claras para nós:
1. Os vinhos da Ribera del Duero são muito bons.
2. Provar um vinho à cegas e dizer suas características, e saber o que se está tomando, é muito difícil, mesmo para os mais experientes.
3.  Esta ação é difícil, mas não impossível, pois alguns provadores acertaram muitas das características dos vinhos e até arriscaram dizer o nome do produtor.
4. Provar vinho às cegas também é muito divertido.
5. A Espanha, sua cultura, sua comida, seu idioma e seus vinhos, nos encantam.

Para encerrar o evento em grande estilo, Jesús Ramiro ofereceu o francês Château Haut-Brion 2002, um grande vinho. Surpreendente foi que de imediato um dos participantes apontou a origem do vinho. Era o décimo segundo vinho a ser provado.
Alejandro Fernández, Tatiana e Alexandre.
No evento conhecemos o senhor Alejandro Fernández, dono do lendário vinho Pesquera (http://www.grupopesquera.com/). Um dos maiores responsáveis pela criação do conselho denominador de origem Ribera del Duero. Ao saber que éramos de São Paulo, aonde esteve em julho promovendo seus vinhos, se aproximou e com grande simpatia e amistosamente nos convidou para conhecer suas vinícolas e almoçar em sua companhia no dia seguinte no Condado de Haza (http://www.condadodehaza.com/). Nós fomos. Quer saber como foi?
Veja a próxima postagem.

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